quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nomes

Sempre tive problemas com o meu nome, por causa de uma promessa de minha mãe, passei 36 anos da minha vida fugindo de qualquer situação em que eu tivesse que dizer meu nome, hoje, graças a dois processos, consegui tirar aquele nome que tanto me incomodou, parece mentira, mais hoje eu tenho orgulho de pronunciar meu nome em público, tudo melhorou na minha vida, agora não me escondo mais, como é bom você poder estar no meio de pessoas e não ter medo que façam piadas com seu nome. Não entendo como os pais escolhem nomes horríveis para seus filhos e ainda dizem que são bonitos, nordestinos quando não colocam nome de santo nos filhos, colocam dois ou três nomes seguidos e cada um pior que o outro.
Ontem eu estava sem ter nada pra fazer e entrei no orkut de um amigo e no orkut de alguns amigos dos amigos, tinha cada nome esquisito. Eu fico imaginando se essas pessoas conseguem ter orgulho do seu nome. Só por Deus! tinha cada um. Vai aí alguns que anotei:

Akalielp - Alyson Gustavo - Anderson Wisley - Bárbara Mikaelle - Bergson - Camilla Mikaely (essa deve ser irmã da Bárbara Mikaelle) - Dayvidy Presley - Deyvila - Elyvania - Genessαndrα tαizα - Ianka Rayanne - Luiza weyne - Werlley Renê - Wiádson e agora os piores: will sthyween - Winkley e por último Xismak.

Eu acho que deveriam criar uma lei para que os filhos tivessem nome provisório e só depois de uma certa idade eles escolhessem se queriam ou não o nome que os pais escolheram, quem sabe assim, não teríamos crianças inseguras como eu fui.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mudanças

Hoje no programa Happy Hour o assunto era Vida Cigana com a seguinte pergunta: Quantas vezes você já mudou de casa? Nossa, parei pra pensar e meu Deus, como eu mudei!


Nasci numa fazenda lá no RN, depois mudamos para a cidade, Santa Cruz. Aos 8 anos fui morar na casa de um tio em Fortaleza. Aos 11 fomos para SP, primeiro moramos na casa de um primo durante alguns meses, depois mudamos para a Vila Progresso. Com 12 anos mudamos para o bairro da Lapa, primeiro na rua Capitão Alceu Vieira, depois numa outra rua que não lembro o nome. Em 1984 meus pais mudaram para Carapicuíba e eu fiquei morando com uma tia, primeiro na rua Tonelero, depois mudamos para a rua Rumaica.

Aos 15 fui morar em Carapícuíba no bairro de Gopiuva, depois mudamos para a Vila Ana Maria e na primeira casa que moramos recebemos as boas vindas dos bandidos, fomos assaltados. Quando eu estava com 23 anos resolvi morar sozinha, aluguel uma casa na mesma rua, fiquei mais ou menos um ano lá, depois mudei para a Vila Crete e fiquei mais um ano. Nossa, eu tinha até esquecido dessa mudança.

Depois fui morar na Cohab 5, fiquei uns quatro anos lá, como eu entrei na faculdade, não dava pra pagar o aluguel, resultado: fui morar com meus pais, na Vila Ana Maria, só que em outro endereço.


Em 2003 casei e fui morar em Itapevi, lá a coisa complicou, após 4 meses fomos assaltados e levaram quase tudo, fiquei apavorada e voltei pra Carapicuíba, aluguei uma casa de dois cômodos que ficava nos fundos, de tanto medo que tinha de ser assaltada novamente. Depois de alguns meses meu marido veio para o Japão e mudei de novo, agora pra mesma rua que morei na Vila Ana Maria, fiquei acho que um ano e meio lá.


Em Agosto de 2006 após ficar desempregada e grávida, resolví vir para o Japão, agora começa a segunda parte dessa maratona de mudanças.


Aqui as ruas não tem nome, nos localizamos pelo bairro e uns números que deve ser o lote e o nome do prédio, muito louco, então só sei dizer os bairros e a cidade.
Em Hamamatsu, na Província de Shizuoka, ficamos duas semanas na casa do meu enteado e alguns dias depois fomos morar num bairro chamado Takaoka, ficamos lá apenas uma semana porque meu marido mudou de emprego.


Em Setembro fomos morar em Terawaki-cho e ficamos lá até Fevereiro de 2009, veio a crise e ficamos desempregados, por termos pago o seguro desemprego, conseguimos ser sorteados para morar num Danchi, é um prédio do governo em que o aluguel é bem mais barato, é como se fosse uma Cohab de São Paulo, claro que com várias regras a ser seguidas, caso contrário o morador é convidado a se retirar. Era na região Central de Hamamatsu, no bairro Sanarudai, no Sanaruko Danchi.

Em Agosto, meu marido conseguiu um emprego numa outra província e mudamos de novo, agora moro na província de Gunma, numa cidade chamada Isesaki.

Nossa, se não contei errado, foram 19 mudanças e com certeza não será a última!

sábado, 26 de setembro de 2009

Brasileiros no Japão

Estou morando no Japão já faz três anos e trabalhei em uma fábrica durante um ano. Nesse período conheci alguns brasileiros e é incrível a diferença de conviver com brasileiros aqui do que no Brasil. Uma coisa que me chamou muito a atenção é o modo de viver desses brasileiros que moram aqui. Uns pensam unicamente em juntar dinheiro, deixam de se divertir, de viver e pensam que o dinheiro é tudo na vida. Outros não conseguem nem se divertir, nem juntar dinheiro, gastam tudo o que ganham em "sunakus" como são chamados aqui os bares que tem acompanhantes ou em "pachinkos" casas de jogos.
A maioria dos brasileiros que conheci são pessoas praticamente analfabetas, que não deram certo no Brasil e resolveram tentar a vida aqui. Alguns trabalham de segunda a segunda com jornadas de 12 horas por dia e a única coisa que se preocupam é em comprar um carro e sair por ai tirando fotos dos carrões pra depois colocar no orkut para que os amigos achem que estão "podendo".
Esses que se acham, são os que mais sofreram aqui com a crise mundial. deixaram de pagar o shakai hoken (pela lei japonesa, todo trabalhador é obrigado a pagar o shakai hoken) por acharem que o valor é alto, e na hora que precisaram ficaram sem ter a quem recorrer, sem seguro desemprego, sem seguro social, tudo ficou mais difícil e por isso alguns precisaram se desfazer dos seus carrões, que nesse período não valia quase nada e como tinham poucas economias, tiveram que recorrer a ajuda do governo para retornar ao Brasil.
É assim que vivem os brasileiros aqui, a maioria sendo explorados pelas empreiteiras e outros simplesmente vivendo de aparências.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Brasileiros no Japão

Ontem assisti um programa chamado Ponto de Vista, transmitido pelo canal 334 e fiquei impressionada com os entrevistados. O programa falava sobre educação dos brasileiros que vivem no Japão e qual não foi a minha decepção ao ouvir o péssimo português dos entrevistados, como pessoas tão despreparadas são convidadas a serem entrevistadas nesses programas?
A verdade é que aqui no Japão a maioria dos brasileiros mal sabem falar o português, são pessoas que vieram pra cá com a intenção apenas de juntar dinheiro e não ligam para o estudo. O pior é que alguns trouxeram seus filhos e não os colocaram numa escola, então, coitados desses filhos que não aprendem nenhum idioma, falam mal o português e pior ainda o japonês.